Segundos.

Acho engraçado contar o tempo por outonos, mas é tão lindo, quando penso num outro país, um clima um pouco mais frio (não gélido) as folhas largas em forma de estrela(?) caindo ao chão e vendo aquelas cores tão perfeitas que só se vê nos cinemas e em fotos. É vermelho, amarelo, brisa fria, agasalhos, mas não tenho vontade de estar num dia frio daqueles sem ter o prazer de ter contado com tua presença, sem o prazer de uma bela xícara de café, não precisamente expresso, mas se o fosse, seria perfeito. Ah, mas eu sempre digo que não é preciso que exista perfeição, num sonho desses, porque só sonhar, deixa aquele riso sereno, maroto aqui dentro, - do pensamento, se é que tem fundo, pra guardar algo. Mas é engraçado, porque mesmo assim, de qualquer forma, sinto aquela vontade de gritar aos 4, 7, 10, 1000 cantos do mundo que minha loucura é um pouco de lucidez prantosa. Eu não vivo chorando, nem sorrindo, mas vivo algo que poucos devem sentir aí dentro... Está pulsando? aqui está, e pulsa fortemente, e abro as páginas e folheio as revistas ao mesmo tempo, mas não busco notícias, nem noticiar alguma coisa... não sou jornalista, não quero ser jornalista, não gosto de ser jornal, de ter entrevistas, de tazer novidades, coisas boas ou ruins, quer dizer, até que coisas boas, quero ter de sobra, ao montes, voando de lado a lado e o mais engraçado nisso tudo é que nada é necessariamente preciso aqui dentro, pra que tanta precisão? É, eu me pergunto. E me pergunto muitas coisas ao mesmo tempo e busco muitas coisas ao mesmo tempo e leio muitas coisas, também ao mesmo tempo. E em vão? Não! de jeito nenhum... Acho bonito ler e absorver, acho que faço isso, abosorvo todas as coisas boas - que tiro por boas e faço como as árvores num profundo silêncio... Você sabe não é, o que as árvores fazem? ou pelo menos faziam até um tempo desse... Pois é, eu gosto de silêncio de silenciar agumas vezes e simplesmente ouvir o barulho das ondas, o canto dos passarinhos, o barulhinho do vento na janela que muitas vezes é tormentoso! porque dá até um medo dentro dum vazio inacreditável. É, eu gosto de chuva, eu gosto de deitar ao lado da janela e ouvir os pinguinhos e gosto muito do calor humano, do beijo roubado, dado, do abraço quente, carinhoso, dos momentos intensos - graças a Deus! das tardes longas... e põe longas nisso... Tudo parece muito eterno, e está sendo eterno.
Quando penso nos meus "relacionamentos" antigos, vejo que não fez mal ter "acabado". Hoje eu me vejo definitivamente, eu.
E para eu ter me tornado eu, desse jeito demorou. Posso contar até as estrelas para dizer quanto tempo durou, se quiser... Mas, não acho provável que alguém queira me "desafiar" dessa maneira, já pensou? Seria a mesma coisa que me colocar a tocar viola, violino, ou qualquer outro instrumento, mas pensando bem, contar até sei, então, por favor, mudemos de assunto!
A vida tem sido assim, infinitas cores, beijos de todos os tipos. Saborosa, eu poderia definir.
O mais legal nisso tudo é que posso compartilhar, fins de semana, estações do ano, 365 dias do ano, com alguém. E você sabe o que é ter alguém? É trilhar, e isso é mais fácil de mãos dadas, conversando, saboreando o dia, um sorvete num fim de tarde. Vendo o sol se pôr, a lua nascer, o tempo passar e ainda poder dizer pra todo mundo, amo e me orgulho dessa pessoa e tenho o imenso desejo de fazê-la feliz pelo resto da minha vida. É isso que quero e tenho certeza que pensamos do mesmo modo.

Feliz Aniversário de ontem, marcado aqui no meu blog hoje.
07/04/07
10/04/07!
Saúde, Nido.