quarta-feira, 24 de outubro de 2007

"Este deve ser o bosque", murmurou positivamente. "Onde as coisas não têm nomes". [...] Ia devaneando dessa maneira quando chegou à entrada do bosque, que parecia muito úmido e sombrio. "Bom, de qualquer modo é um alívio", disse enquanto avançava em meio às árvores, "depois de tanto calor, entrar dentro do... dentro do quê?" Estava assombradade não poder lembrar o nome. "Bom, isto é, estar debaixo das... debaixo das... debaixo disso aqui, ora", disse colocando a mão no tronco da árvore. "Como essa coisa se chama? É bem capaz de não ter nome nenhum. Ora, com certeza não tem mesmo!"
Ficou calada durante um minuto, pensando. Então de repente, exclamou: -Ah, então isso terminou acontecendo! E agora quem sou eu? Eu quero me lembrar, se puder.

(Lewis Carrol, 1980)